Arquivo Arquivos Mensais: agosto 2018

Robótica

Robótica

Inspirados pela possibilidade de criar dispositivos autômatos pré-programados, vários estudiosos se dedicaram, ao longo da história, à área da robótica. Essa ciência, ou estudo, lança mão da tecnologia associada a projeto, fabricação e teoria para utilizá-la na aplicação dos robôs a fim de auxiliar o homem em seus diversos trabalhos. Porém, a princípio, toda concepção popular a respeito de robôs se resumia às histórias e filmes de ficção científica.

Desde 1495, nas obras de Leonardo Da Vinci, com base em seus estudos de anatomia e mecânica, o mundo presenciava o surgimento de gênios que usariam seus conhecimentos e criatividade em tal área. Talvez até muito antes, com a construção de máquinas movidas a vapor, como as de autoria do grego Arquitas de Tarento, datados de 350 A.C., já havia registros de projetos para criação de autômatos.

Apesar disso, o termo robô só foi primeiramente utilizado em 1921, por Karel Čapek, um dramaturgo checo, se derivando da palavra robota, que significava “trabalho forçado”. A partir de então, com o incrível avanço da tecnologia, a área da robótica -juntamente com a mecânica, eletrônica e desenvolvimento de softwares- pôde se unir à Medicina.

O fruto dessa união possibilitou trazer à realidade algo que antes só se fazia presente no mundo da imaginação: a Cirurgia Robótica.

Como forma de evolução da cirurgia minimamente invasiva, essa técnica tem como finalidade aumentar a capacidade humana de realizar determinados movimentos cirúrgicos com maior precisão e destreza.

Contrastando-se à cirurgia convencional, que utiliza procedimentos que muitas vezes envolvem abertura de ossos e incisões de grandes dimensões, esse tipo de cirurgia lança mão de braços robóticos manipulados remotamente.

Tudo é realizado por meio de um console comandado por um cirurgião especificamente habilitado para tal. Micro câmeras presentes nos braços do robô são responsáveis por captar imagens em alta resolução, projetando-as para utilização do cirurgião, agregando segurança e precisão ao procedimento.

Ginecologia

GINECOLOGIA

A Ginecologia é o ramo da medicina que estuda a fisiologia e as patologias do aparelho reprodutor femininos em situação não gestante.

Os médicos especializados na prática ginecológica são os ginecologistas. Sua formação e qualificação, tanto médica como cirúrgica, tem por objetivo o tratamento dos aspectos relacionados com a função reprodutora e sexual das mulheres.

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O principal objetivo do exame ginecológico é a avaliação dos órgãos pélvicos internos e externos femininos: o útero, os ovários, as trompas de falópio, colo do útero, a vagina, os grandes e pequenos lábios. 

Também são observados sinais de câncer nas mamas. Deste modo, podem ser detectadas infecções nos rins, bexiga, ou do sistema urinário, ou outras situações que podem afetar a saúde global da mulher, bem como tornar viáveis possíveis engravidamentos.

Inspeções ginecológicas são recomendadas a partir da maturidade sexual e devem ser mantidas mesmo após a menopausa. Uma completa inspeção ginecológica pode revelar as seguintes enfermidades: tumores e câncer. Um dos principais objetivos destas inspeções é a detecção precoce de câncer de colo de útero.

Um exame simples, chamado Papanicolau é feito com este propósito. O ginecologista colhe uma amostra de células das secreções vaginais e estas são examinadas através de microscópios potentes para a detecção de sinais cancerígenos.

Caso sejam encontradas células suspeitas, deve ser realizada uma biópsia para confirmar ou descartar a presença de câncer. O estudo das células deve ser realizado periodicamente, bem como a observação dos ovários, trompas de falópio e útero, visto que o câncer destes órgãos normalmente não tem sintomas (só em estágios avançados da doença).

Adenomiose

Adenomiose

A adenomiose é uma patologia benigna, mas que diversas vezes necessita de intervenções radicais, tais como a histerectomia (retirada do útero). Esta doença é definida pela invasão do tecido endometrial (porção mais interna do útero) na camada muscular uterina. Por este motivo ela é chamada por alguns autores de “endometriose interna”, uma vez que a endometriose apresenta tecido endometrial em outras regiões nas quais eles não deveriam existir.

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É importante ressaltar que a adenomiose é uma doença distinta da endometriose, apesar das duas serem dependentes do hormônio estrogênio, ou seja, quanto maior a exposição do tecido acometido pelo hormônio, maior o crescimento da doença.

Em média é uma doença que acomete de 20% à 30% das mulheres, podendo atingir até 47% da população feminina em alguns estudos. No entanto, a suspeita clínica dessa patologia torna-se difícil, já que 35% das pacientes são assintomáticas.

Sintomas

O período menstrual anormalmente longo e intenso, com intervalos regulares, é o sintoma mais frequentemente encontrado, afetando 50% das pacientes sintomáticas. Sangramento vaginal que ocorra fora do ciclo menstrual associado ou não a cólicas são outros sintomas possivelmente encontrados. Dor durante a relação sexual e dor crônica embaixo ventre são outras formas desta doença se apresentar.

Existem evidências de que a adenomiose pode levar a infertilidade mesmo sem nenhum outro fator em conjunto.

Em geral, mais de 80% das pacientes com adenomiose apresentam outras doenças associadas do aparelho reprodutor feminino, sendo os miomas uterinos os mais frequentes (até 55% das vezes), e, eles (os miomas) são muitas vezes confundidos com a adenomiose, pelo motivo de que ambas as patologias se encontram na musculatura uterina e fazem efeito de massa.

Em seguida, a endometriose pode aparecer associada em até 20% dos casos, o que quando acontece é responsável pelo aumento dos riscos de infertilidade.

Diagnóstico

Exames de imagem, tais como histeroscopia, ultra-sonografia transvaginal e a ressonância nuclear magnética são os mais utilizados na tentativa de diagnosticar a adenomiose, através da visualização de lesões características desta patologia. Estes exames já conseguem presumir esta doença de forma bastante significativa. Contudo, mesmo com o avanço dos métodos de imagem, a única forma de se obter definitivamente o diagnóstico dessa patologia é através da biópsia.

Tratamento

Assim como na endometriose, o objetivo do tratamento desta doença é combater o endométrio ectópico, ou seja, aquele que está presente em um local que não deveria estar. Existem diversas modalidades terapêuticas, incluindo medicamentos hormonais, cirurgias e até a combinação de mais de uma modalidade. Porém, o tratamento ideal varia de paciente para paciente, pelo fato de que irá depender de diversos fatores, inclusive se existe o desejo de gestar ou não.